Tudo é subtil

Quando não se escolhe para onde olhar, o que escutar, tudo nos diz que há extremos a escolher, que existem motivações óbvias, que a acção urge. Tudo nos diz isso, e com tudo isso se foge à responsabilidade maior, connosco, com os outros, de reconhecer que existe uma subtileza em tudo e que isso é avassalador.

O peso de fazer acontecer o tempo, o equilíbrio, a paciência para dar voz a todas as possibilidades, cor a todos os graus de cinzento, esse peso é avassalador. E depois, observar, bater a portas, indagar, é essa a responsabilidade que custa aceitar. A acção e o juízo podem esperar se se ousar reconhecer a subtileza que há em tudo.

A diferença não é necessariamente um ataque, a ausência não tem que ser desinteresse, o orgulho pode não ser um amigo. A semelhança nem sempre deriva em repetição. Tudo é subtil.

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