Há quem defina sucesso como a possibilidade de viver onde os outros passam férias. Para alguns, o produto interno bruto é uma medida do sucesso de uma nação, mas num mundo pós-industrial isso não pode estar certo e o Butão prefere usar a felicidade interna bruta (isto é verídico).
Qualquer que seja a definição de sucesso, é essencial que inclua tempo e ócio suficientes para que tarefas banais, mas essenciais à dignidade, possam acontecer. Aceitamos, talvez arbitrariamente, que um certo nível de cuidado com a imagem, ou de limpeza dos espaços e objectos que usamos, define contornos importantes da existência humana.
Ser humano implica portanto nascer já com uma colecção de tarefas que asseguram a nossa dignidade. Servem também para verificar a sensatez das nossas opções e prioridades. Quando questionado sobre o tamanho desnecessariamente grande do seu templo, o monge responde: se os monges não tiverem nada para limpar, tornam-se preguiçosos. Algo está errado quando até uma tarefa simples fica por fazer.
Ainda assim, testemunhei pessoas líderes nas respectivas profissões frequentemente com higiene descuidada. Há que ter cuidado para não tentar replicar e perseguir um sucesso que se mostra com unhas por cortar e a depilação há muito atrasada.